quinta-feira, 26 de abril de 2012

DÍZIMO E SUAS DIMENSÕES: SOCIAL, MISSIONÁRIA E RELIGIOSA.


Objetivo: Tornar Jesus mais conhecido e amado através do Dízimo.

Canto: Agora é tempo de ser Igreja

Acolhida: Caríssimos irmãos e irmãs iniciemos, nosso encontro acolhendo a todos com alegria. É muito bom nos encontrarmos neste encontro para falar do amor de Deus e do dízimo que é um mandamento da Igreja, e também para que o Espírito Santo que nos colocou nessa missão, permaneça conosco e o ilumine, dando-nos sabedoria para servir com amor e carinho a Igreja de Cristo. Somo todos missionários do Senhor anunciando e trabalhando para que todas as pessoas vivam a fé e o amor de Deus. Com muita alegria e fé, invoquemos a Santíssima Trindade. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém

Oração inicial: Senhor, que a devolução do Dízimo cure nossa avareza e nos faça participar das imensas riquezas de Deus. Esta iniciativa, Senhor, é o primeiro passo para o nosso desapego ao dinheiro e para despertar nossa confiança em Ti e o abandono total em tuas mãos. Fazei-nos Senhor abandonar totalmente nossas vidas ele possa fazer em nós tudo àquilo que planejou desde a eternidade. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

FATO DA VIDA: Dona Joaquina era uma mãe de família e tinha quatros filhos, e estavam passando por uma situação difícil, mas ela do pouco que ganhava contribuía com seu dízimo. Dona Joaquina recebeu o convite para ser coordenadora do dízimo e ela mesma com as dificuldades financeiras aceitou. Em uma tarde de sábado, e a missa do Dízimo era a noite, dona Joaquina resolveu fazer um envelope do dízimo para seu esposo, ela pensou: “Se eu coloco R$ 2,00 no meu envelope, então eu divido um para mim e outro para ele”. Assim fez e para sua surpresa nessa mesma tarde alguém lhe deu um emprego. Seu esposo ficou muito feliz com o emprego e partir daquele dia até hoje dona Joaquina, seu esposo e seus quatros filhos são dizimistas. E todos são muitos felizes.

REFLEXÃO
§  O que você acha da história?
§  Com a contribuição do dízimo dona Joaquina foi abençoada?

CANTO: Eu vim para escutar

Palavra de Deus (Dt 14, 22-29)
Todos os anos separam o dízimo dos produtos de teus campos, comerás na presença do senhor teu Deus no lugar que ele escolher para a morada do seu nome, o dízimo do teu trigo, teu mosto e teu azeite e os primogênitos de tuas reses e ovelhas, para que aprendas a respeitar o senhor teu Deus enquanto durar tua vida. Se o caminho te parecer longo e não conseguires carregar tudo, porque o senhor teu Deus te abençoou, e porque está longe o lugar que o Senhor teu Deus te escolhido para aí por seu nome, tu o venderás, porás o dinheiro numa bolsa e o levarás ao lugar que o Senhor teu Deus escolher. Aí comprarás o que te aprouver: reses, ovelhas, vinho, licores tudo o que o apetite te pedir, e o comerás na presença do Senhor, desfrutando-o tu e os teus. Mas não descuides do levita que mora próximo de ti, pois não lhe coube nada na divisão da herança. A cada três anos separarás o dízimo da colheita do ano e o depositarás às portas da cidade. Então, virá o levita, que não se beneficiou na divisão de vossa herança, o migrante, o órfão e a viúva que vivem próximos de ti, e o comerão até fartar-se. Assim, o Senhor teu Deus te abençoará em todas as tarefas que empreenderes.

Porás a parte o dízimo de todo fruto de tuas semeaduras, de tudo o que o teu campo produzir cada ano, daí o dízimo para que o órfão, a viúva e o estrangeiro possam comer e saciar-se e que o senhor teu Deus te abençoe em todas as obras de tuas mãos.

REFLETINDO A PALAVRA DE DEUS
O dízimo que devolvemos à Deus na Igreja tem três finalidades: Religiosa, Social e Missionária.
1.    Finalidade Religiosa: Tem como objetivo ajudar a paróquia na formação de catequistas, coordenadores, líderes comunitários e agentes de pastorais e movimentos, e conseguir recursos e materiais para a formação dessas pessoas. Quando você vem à Igreja participar da Santa Missa, rezar ou batizar um filho percebe que tudo o que existe nela é para o seu próprio bem e salvação. Com o nosso Dízimo a comunidade paga conta de luz, telefone, material para a secretaria, despesas com viagens pastorais da paróquia, etc. Para atender estas necessidades e tantas outras aqui não mencionadas, a Comunidade necessita da colaboração e do Dízimo de todos;
2.    Finalidade Social: O dizimista ajuda a sua igreja a atender as necessidades dos irmãos carentes, doentes, idosos, menores abandonados e todos aqueles que de uma forma ou de outra precisam de ajuda. Se eu não contribuo com o Dízimo e a minha Comunidade não atender alguma pessoa necessitada, um dia Deus vai me pedir contas: “Tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber...” (Mt 25,42-43).
3.    Finalidade Missionária: Com o dízimo que levamos à Igreja ajudamos a nossa Diocese na manutenção do seminário para a formação de futuros padres. E também aqueles que se dedicam ao Evangelho. A Comunidade tem que ser missionária. A Igreja não vive só de oração. Ela vive de oração e ação. Oração e a ação são duas pernas que devem andar juntas, ir e anunciar: “Ide por todo o mundo, anunciai o Evangelho” (Mt 28,18-20).

VIDA EM ORAÇÃO:
Ó Deus, pai bondoso, que quereis a salvação e a união de todos, junto de vós.Olhai por nós dizimistas. Fortalecei nossa fé para que continuemos ser dizimistas fiéis, olhai também por aqueles que ainda não são dizimistas, que o espírito santo os ilumine com a luz da fé, iluminai também os que vivem afastados da Igreja pelo o pecado ou pelo esquecimento. Ajudemos a reunirmos numa só família para que nos amemos como irmãos. Maria, mãe da Igreja, dai-nos a graça da comunhão com vosso filho Jesus. Amém.

BENÇÃO FINAL

DÍZIMO E OFERTAS NA BÍBLIA


            Antes de qualquer coisa gostaría de dizer que a Pastoral do Dízimo sustenta as demais Pastorais. Para implantar a Pastoral do Dízimo é necessário, dentre outras coisas, que haja uma preparação prolongada com a equipe de pessoas que vão ser ou que já são missionários do Dízimo. É o período de formação e conscientização, baseado nos textos bíblicos.
            Devemos implantar a Pastoral do Dízimo numa paróquia ou comunidade por vários motivos:
  1. Primeiro, porque o Dízimo é um dos primeiros projetos de Deus e, portanto, não é invenção de padres ou pastores;
  2. Segundo, porque o Dízimo tem como finalidade a sustentação e edificação do Reino de Deus. Assim sendo, o Dízimo é a única fonte de renda justa e aprovada por Deus[1];
  3. Terceiro, para mostrar que todo católico deve ser dizimista para receber as bênçãos e graças de Deus (Cf. Ml 3,11);
  4. Quarto, porque o Dízimo é acima de tudo um dever de gratidão a Deus pelos inúmeros benefícios recebidos continuamente. O maior deles é a Vida. Deus nos deu a vida e mais que isso, nos salvou, em seu Filho, Jesus Cristo. A Ele nós devemos a vida e a salvação. Portanto, tudo o que temos é dom de Deus e, por isso, tudo o que fazemos para alcançar nossa salvação é insuficiente. A nossa renuncia e a preocupação de sermos bons é para corresponder e retribuir o amor de Deus por nós; é pra agradecermos o gesto de amor na Criação e na Redenção realizadas em nosso favor;
  5. Quinto, porque nossa Diocese já está com mais de 30 anos de caminhada de evangelização. Já caminha com as suas próprias pernas e mais: ela deve “gerar” e “sustentar” suas obras de evangelização.

              O Dízimo não é um negócio que fazemos com Deus, mas é uma manifestação e demonstração de gratidão a Ele por tudo o que temos recebido (Cf. Ml 3,8-9). É conseqüência, é resultado de uma fé amadurecida, é gerador de espírito de fé.
Quem não devolve o seu Dízimo comete pecado? O Dízimo é obrigatório? O Dízimo é direito de Deus, é um mandamento de Deus (Cf. Dt 26,12-13; Ml 3,8-9).

O que é o Dízimo?
·      É partilha! Partilhar não é dar o que sobra. Partilhar é dar o que o outro precisa;
·      Não é pagamento. É uma devolução de um pouco do muito que Deus te concede a  todo o momento;
·      É um canal extraordinário de graças; fonte de alegria;
·      O Dízimo não é uma porcentagem (10%). É mais que isso, um compromisso de fidelidade com Deus, com a Igreja e com os pobres;
·      É uma devolução espontânea, comunitária, livre, alegre, generosa e familiar, consciente, sistemática, não é um imposto, uma taxa, um tributo para aplacar a justiça na consciência.

O que diz a Bíblia sobre o Dízimo?
Gn 14, 8-20  “Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote de Deus, recebe o dízimo de Abrão”. O Dízimo deve brotar da gratidão, do reconhecimento de que Deus é o Senhor de tudo. Se tenho é porque Ele me deu.

Heb 7,4  Considerai, pois, quão grande é aquele a quem até o patriarca Abraão deu o dízimo dos seus mais ricos espólios”.  Abraão, nosso pai na fé, pagou o dízimo. Quem de nós pode auto-isentar?

Dt 14, 22-26 “Porás à parte o dízimo de todo o fruto de tuas semeaduras, de tudo o que teu campo produzir cada ano”. O dízimo é destinado a peregrinação (à casa do Senhor), a cada  três anos. É um dízimo com o fim específico: uma finalidade absolutamente espiritual. Deus exige o dízimo e os primogênitos.

Dt 14, 27-29 “Daí o Dízimo para que o levita, o órfão, a viúva, o estrangeiro possam comer à saciedade, e que o Senhor, teu Deus, te abençoe em todas as obras de tuas mãos”. Os nossos empreendimentos dão resultados porque são abençoados. E são abençoados quando partilhamos o dízimo com os que não podem sustentar-se.

Dt 12, 11-14; 15-28 “O Senhor escolheu um lugar de entregar o Dízimo”. Hoje, a equipe, com a participação do Padre, deve receber o dízimo e ajudar a Comissão da Comunidade, como os filhos de Levi ajudaram aos sacerdotes no Templo, naquela época.

Nm 18, 26-28 “Os levitas tinham que dar uma parte do dízimo a Arão”. Os padres ou agentes de pastorais têm que pagarem o dízimo. O dízimo serve para ajudar os pobres, os doentes ou os que não tenham condições de manter-se e para as necessidades da paróquia  e da comunidade.

1 Cor 9, 4-14  “Não temos o direito de comer ou beber? Pois é direito daquele que prega o Evangelho viver do Evangelho”. Os padres, as irmãs ou agentes de pastoral adquirem o direito de participar das ofertas e do dízimo na medida em que se dedicam à comunidade.

Mt 22, 15-21 “O próprio Jesus, para não escandalizar, pagou o tributo”. O imposto, paga-se o devido; a Deus, oferece-se conforme manda o coração. Supõe aqui um coração conscientizado que conhece seus deveres, as necessidades da paróquia e corresponde por amor, por justiça.

Gn 28,20-22 “Jacó estava fazendo negócio com Deus: pedia proteção, comida e tranqüilidade; se Deus o atendesse, ele lhe daria 10%”. Deus o atendeu e Jacó cumpriu sua promessa. Não tenha medo de pedir e ser fiel a Deus, como Jacó fez.

Lv 27, 30-31 “Todos os dízimos da terra, do gado, etc., será consagrado ao Senhor”. O dízimo é propriedade do Senhor. Vemos explicitamente nesta passagem, a obrigatoriedade do dízimo. Se tenho dez laranjas, uma é de Deus.

Mal 3, 8-11 “Pode o homem enganar o seu Deus?”.  “Pagai integralmente o dízimo e vereis se não derramo a minha benção além do necessário”  O dízimo é algo importante e sério. Ficar com o que é dos outros é roubo. O verdadeiro sentido do dízimo está aqui. Deus pede o dízimo e diz porque.

Tb 1, 6-7 “Dirigia-se ao templo do Senhor de Israel, oferecendo fielmente as primícias e os dízimos de todos os seus bens”. Tobit foi sempre um homem bom, fiel e temente a Deus, por isso, era protegido por Ele contra qualquer desgraça.

Mt 23, 23; Lc 11,42  Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, mas não praticais a justiça, a misericórdia”. O fato de pagarmos o dízimo não nos autoriza a praticarmos injustiças e sermos exploradores.

O Que Diz A Bíblia Da Oferta?
Lc 21, 1-4  Em verdade vos digo, esta pobre viúva depositou mais do que os outros”. O quanto da oferta é medido pela fé, e não pelo saldo bancário.

At 2, 44-45  Todos os fiéis viviam unidos e tinham tudo em comum”. A medida do conhecimento da graça de Deus é a medida do amor aos irmãos; a partilha dos bens materiais expressa conversão.

Lc 19,8  Zaqueu disse: Senhor vou dar a metade de meus bens aos pobres e restituirei quatro vezes mais aqueles que defraudei”. Temos aqui uma co-responsabilidade a partir do arrependimento de uma vida errada, contrária aos projetos de Deus.

2 Cor 9, 12-13  A oferta prevê as necessidades dos irmãos e a abundante fonte de ações de graças a Deus”. Tua oferta é benção para o necessitado, é fator de multiplicação dos teus bens e é a tua ação de graças pelos bens recebidos.

Dt 24, 19-21 “Deus se preocupa com os pobres e estabelece o direito deles à vida. A terra é dom de todos os homens”. Devemos ajudar os necessitados. Se deixarmos alguém com fome, tendo o que dá a ele, estamos sendo responsáveis pela fome dele.

2 Cor 9, 7-11  Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama o quem dá com alegria”. Tanto o dízimo como a oferta deve ser medidas conforme o coração; toda riqueza deve ter como objetivo a partilha e a justiça.

1 Tm 6,10  A raiz de todos os males é o amor ao dinheiro; e pela cobiça alguns se desviaram da fé e vivem atormentados em muitas aflições”. Não devemos apegar-nos ao dinheiro, pois, ele pode tornar-se nosso deus.

At 4, 36-37  Há quem dá com a liberdade e obtém mais; outros poupam de mais e vivem na indigência”. Há os que sentem um impulso especial e colocam tudo a serviço do Reino. São os verdadeiramente livres.

Lc 16, 10-11  Aquele que é fiel nas pequenas coisas, será fiel nas coisas grandes”. À medida que somos fiéis ao pouco, seremos contemplados com muito mais, porque com mais seremos fiéis.

2 Cor 8, 1-3  Sou testemunha de que segundo as suas forças e até além das forças, contribuíram espontaneamente”. Esta prática demonstra maturidade cristã, co-responsabilidade e verdadeira comunhão com os mais necessitados.

Lc 6, 38  Dai, e dar-se-vos-á. Colocar-vos-ão no regaço medida boa, cheia, recalcada e transbordante, porque com a mesma medida com que medirdes, series medidos vós também”. Cada um receberá conforme o que tiver dado e da mesma maneira. Portanto, saibamos contribuir com alegria e boa vontade e assim seremos abençoados por Deus abundantemente.


[1] Todas as formas de arrecadação fora do Dízimo, reproduz o sistema e a lógica capitalista: Troca e venda. E ainda: antes se fazia Festas com arraial, com vendas de bebidas alcoólicas, danças, jogos de azar, leilões... gerando conflitos e danos físicos ou morais terríveis às pessoas e à Comunidade.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Dízimo: um compromisso com Deus e com a Comunidade.



  1. O que o Dízimo não é? O Dízimo não é pagamento, taxa ou imposto que se dá à Igreja para a ela pertencer ou dela fazer parte.
  2. O que é o Dízimo então? O Dízimo é devolução, contribuição, ato de amor e gesto de partilha. Nós não pagamos o Dízimo; nós devolvemos o Dízimo, já que tudo o que temos pertence a Deus (Cf. Gn 14,8-20).
  3. Quem “inventou” o Dízimo? O Dízimo não foi inventado; ele nasceu espontaneamente, como resposta do homem e da mulher à bondade e à misericórdia de Deus (Cf. Gn 4,1-5).
  4. Podemos afirmar que por meio do Dízimo nós louvamos e agradecemos a Deus? Sim, o Dízimo é um dos modos pelos quais nós, cristãos e cristãs, manifestamos a nossa gratidão a Deus.
  5. O Dízimo é Bíblico? Sim, o Dízimo está prescrito na Bíblia (Cf. Gn 14,18-20; 28,20-22; Nm 18,25-32; Dt 12,6.11.17; Lv 27,30-33; Dt 14,22-29; Ml 3,8-10; Tb 1,6-8; Mt 23,23).
  6. Quem é dizimista já está salvo? Não, o Dízimo não compra a salvação, mas quando dado com amor e sinceridade de coração e em espírito de fé, contribui para que alcancemos a salvação.
  7. Porque, para algumas pessoas, é tão difícil dar o Dízimo? Para algumas pessoas é difícil contribuir com o Dízimo por estarem dominadas pelo egoísmo. Quem é egoísta não conhece a alegria e o prazer da partilhar.
  8. Quanto se deve dar de Dízimo? Deve-se dar de Dízimo o que manda o coração e exigir a consciência (leia 2 Cor 9,12-13). Os israelitas davam dez por cento (daí a palavra “Dízimo” = décima parte de alguma coisa). Também nós somos convidados a chegar, aos poucos e com o tempo, aos dez por cento.
  9. O católico é obrigado, então a contribuir com dez por cento? Não, não é obrigado, e sim convidado. No Brasil, os Bispos pedem que os católicos contribuam com, ao menos, dois por cento do que ganham e, à medida que puderem, contribuam com mais até chegar aos dez por cento.
  10. Como deve proceder quem quer ser dizimista? Quem quer ser dizimista deve procurar os responsáveis pelo dízimo de sua comunidade ou de seu bairro, ou então conversar com o padre, manifestando a eles o desejo de ser inscrito entre os que contribuem com o Dízimo. A pessoa encarregada dará, então, as informações complementares de como, quando e onde entregar o Dízimo.
  11. O Dízimo deve ser mensal, semestral ou anual? O Dízimo, para que funcione de fato numa comunidade, deve ser mensal. Em algumas comunidades, porém, por motivos que lhes são próprios, o Dízimo pode ser dado de seis em seis meses, ou até anualmente. O melhor, contudo, é que seja dado mensalmente.
  12. É importante o quanto se dá de Dízimo? Sim, é importante. O Dízimo deixa de ser Dízimo e se torna esmola quando um católico, que tem condições, dá a Deus e a Igreja menos do que gasta com um refrigerante ou com um lanche. É triste constatar que alguns católicos (ou muitos) quando contribuem, contribuem com migalhas só para tapear a consciência e dizer que são dizimistas. Nesse caso seria melhor que não dessem nada.
  13. E os pobres, quanto devem dar de Dízimo? Ninguém, é obrigado a dar de Dízimo o que não tem ou não pode dar. O Dízimo dos pobres, por menor que seja, deve ser acolhido com muito amor e profunda gratidão (leia Lc 21,1-4).
  14. Cada um deve dar, portanto, segundo as suas possibilidades? Sim, cada um deve dar segundo as suas possibilidades. Quem tem mais dá mais, quem tem menos, dá menos.
  15. Os membros das Pastorais, dos Movimentos, dos Conselhos Pastorais, os Catequistas, os Ministros Extraordinários da Comunhão e os Padres e Religiosas estão dispensados do Dízimo? Não, não estão dispensados. Como cristãos conscientes e membros ativos da Igreja, devem ser os primeiros a contribuir, tanto por convicção, como para dar testemunho aos demais membros da comunidade.
  16. Que destinação é dada ao Dízimo? O dinheiro arrecadado com o Dízimo é investido na própria comunidade. Parte dele vai para a manutenção da Igreja, das salas de catequese, do salão e da casa paroquial; outra ainda vai para as despesas com o culto (liturgia), e outra ainda para a formação  de  agentes   pastorais  e  a assistência e a promoção dos mais pobres.
  17. O Dízimo não acaba no “bolso” do padre? Não, não acaba no bolso do padre. Como já vimos, o Dízimo é aplicado às necessidades da comunidade. Quanto ao padre, é justo que receba uma gratificação digna (leia 1 Cor 9,4-14).
  18. Como o Dízimo é usado na liturgia e na catequese? Na liturgia, o Dízimo é usado para a compra de materiais e utensílios litúrgicos (hóstias, cálice, toalhas, velas, folhetos litúrgicos, etc) e, na catequese é utilizado tanto na aquisição de material (giz, Bíblias, livros, etc), como também na formação dos próprios catequistas.
  19. Como os mais carentes são ajudados através do Dízimo? Os mais carentes são ajudados pelo Dízimo de duas maneiras: pela assistência (doação em dinheiro, compra de medicamentos, etc) e pela promoção (realização de cursos de alimentação alternativa, medicação caseira, educação política etc). Quando um carente é ajudado e promovido, é toda a comunidade dizimista que o ajuda e o promove.
  20. O Dízimo facilita a formação dos líderes e agentes de pastorais? Sim! O Dízimo, numa comunidade consciente e organizada, faz com que a mesma não invista só em construções, mas também se preocupe com a formação de seus líderes e agentes de pastorais.
  21. Pode-se oferecer bens em lugar de dinheiro? Sim, pode-se oferecer bens em lugar de dinheiro. É aconselhável, contudo, que o Dízimo seja oferecido em dinheiro, tendo assim a sua aplicação facilitada.
  22. É verdade que parte do Dízimo de cada comunidade vai para a Diocese? Sim, é verdade. Esta contribuição das paróquias para com a diocese é, quase sempre, investida na formação dos futuros padres (seminaristas).
  23. E as capelas, quanto devem repassar a Matriz? As capelas devem repassar para a matriz 40% do Dízimo. Os outros 60% ficam na comunidade.
  24. Quem presta conta do Dízimo à Comunidade? Quem presta conta do Dízimo à Comunidade é a Equipe Paroquial do Dízimo da qual o padre ou o (a) coordenador(a) deve, obrigatoriamente, fazer parte.
  25. As ofertas continuam mesmo depois da implantação do Dízimo? Sim, continuam. Além do compromisso mensal com o Dízimo, os católicos têm o direito de fazer ofertas espontâneas, sejam na missa ou culto, seja por ocasião da recepção de sacramentos e sacramentais.
  26. Em que sentido a Bíblia afirma que o dízimo é uma verdadeira fonte de benção? A Bíblia diz que quanto mais uma pessoa é generosa e abre a mão e o coração para partilhar, tanto mais recebe as bênçãos de Deus (leia Malaquias   3,8-12). O coração do egoísta é fechado para dar e, em  conseqüência, também fechado para receber. Só quem é generoso, e não tem medo de dividir o que possui, é que está de fato aberto para acolher os benefícios de Deus.
  27. Quais as finalidades ou dimensões do Dízimo? Três são as finalidades ou dimensões do Dízimo: Religiosa, Social e Missionária. Vejamos: A Finalidade Religiosa tem por fim a manutenção da parte religiosa da Igreja. Quando você vem à Igreja participar da Santa Missa, percebe que tudo o que existe nela é para o seu próprio bem e salvação. Não esqueçamos que a comunidade tem que pagar conta de luz, telefone, material de expediente e secretaria, despesas com viagens pastorais da comunidade/paróquia, etc. Para atender estas necessidades e tantas outras aqui não mencionadas, a Comunidade necessita da colaboração e do Dízimo de todos; A Finalidade Social visa atender a todos que por motivos diversos não podem prover seu sustento: os doentes, os idosos, enfim toda pessoa necessitada que precisa da ajuda da comunidade. Se eu não contribuo com o Dízimo e a minha Comunidade não atender alguma pessoa necessitada, um dia Deus vai me pedir contas: “Tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber...” (Mt 25,42-43); A Finalidade missionária diz respeito à parte do Dízimo que levamos à Igreja e é destinada à Diocese, para manutenção do Seminário para a formação de futuros padres, futuros missionários; investimento na formação dos missionários locais. A Comunidade tem que ser missionária. A Igreja não vive só de oração. Ela vive de oração e ação. Oração e ação são duas pernas que juntas devem andar, ir e anunciar: “Ide por todo o mundo, anunciai o Evangelho” (Mt 28,18-20).