- O que o Dízimo não é? O Dízimo não é pagamento, taxa ou imposto que se dá à Igreja para a ela pertencer ou dela fazer parte.
- O que é o Dízimo então? O Dízimo é devolução, contribuição, ato de amor e gesto de partilha. Nós não pagamos o Dízimo; nós devolvemos o Dízimo, já que tudo o que temos pertence a Deus (Cf. Gn 14,8-20).
- Quem “inventou” o Dízimo? O Dízimo não foi inventado; ele nasceu espontaneamente, como resposta do homem e da mulher à bondade e à misericórdia de Deus (Cf. Gn 4,1-5).
- Podemos afirmar que por meio do Dízimo nós louvamos e agradecemos a Deus? Sim, o Dízimo é um dos modos pelos quais nós, cristãos e cristãs, manifestamos a nossa gratidão a Deus.
- O Dízimo é Bíblico? Sim, o Dízimo está prescrito na Bíblia (Cf. Gn 14,18-20; 28,20-22; Nm 18,25-32; Dt 12,6.11.17; Lv 27,30-33; Dt 14,22-29; Ml 3,8-10; Tb 1,6-8; Mt 23,23).
- Quem é dizimista já está salvo? Não, o Dízimo não compra a salvação, mas quando dado com amor e sinceridade de coração e em espírito de fé, contribui para que alcancemos a salvação.
- Porque, para algumas pessoas, é tão difícil dar o Dízimo? Para algumas pessoas é difícil contribuir com o Dízimo por estarem dominadas pelo egoísmo. Quem é egoísta não conhece a alegria e o prazer da partilhar.
- Quanto se deve dar de Dízimo? Deve-se dar de Dízimo o que manda o coração e exigir a consciência (leia 2 Cor 9,12-13). Os israelitas davam dez por cento (daí a palavra “Dízimo” = décima parte de alguma coisa). Também nós somos convidados a chegar, aos poucos e com o tempo, aos dez por cento.
- O católico é obrigado, então a contribuir com dez por cento? Não, não é obrigado, e sim convidado. No Brasil, os Bispos pedem que os católicos contribuam com, ao menos, dois por cento do que ganham e, à medida que puderem, contribuam com mais até chegar aos dez por cento.
- Como deve proceder quem quer ser dizimista? Quem quer ser dizimista deve procurar os responsáveis pelo dízimo de sua comunidade ou de seu bairro, ou então conversar com o padre, manifestando a eles o desejo de ser inscrito entre os que contribuem com o Dízimo. A pessoa encarregada dará, então, as informações complementares de como, quando e onde entregar o Dízimo.
- O Dízimo deve ser mensal, semestral ou anual? O Dízimo, para que funcione de fato numa comunidade, deve ser mensal. Em algumas comunidades, porém, por motivos que lhes são próprios, o Dízimo pode ser dado de seis em seis meses, ou até anualmente. O melhor, contudo, é que seja dado mensalmente.
- É importante o quanto se dá de Dízimo? Sim, é importante. O Dízimo deixa de ser Dízimo e se torna esmola quando um católico, que tem condições, dá a Deus e a Igreja menos do que gasta com um refrigerante ou com um lanche. É triste constatar que alguns católicos (ou muitos) quando contribuem, contribuem com migalhas só para tapear a consciência e dizer que são dizimistas. Nesse caso seria melhor que não dessem nada.
- E os pobres, quanto devem dar de Dízimo? Ninguém, é obrigado a dar de Dízimo o que não tem ou não pode dar. O Dízimo dos pobres, por menor que seja, deve ser acolhido com muito amor e profunda gratidão (leia Lc 21,1-4).
- Cada um deve dar, portanto, segundo as suas possibilidades? Sim, cada um deve dar segundo as suas possibilidades. Quem tem mais dá mais, quem tem menos, dá menos.
- Os membros das Pastorais, dos Movimentos, dos Conselhos Pastorais, os Catequistas, os Ministros Extraordinários da Comunhão e os Padres e Religiosas estão dispensados do Dízimo? Não, não estão dispensados. Como cristãos conscientes e membros ativos da Igreja, devem ser os primeiros a contribuir, tanto por convicção, como para dar testemunho aos demais membros da comunidade.
- Que destinação é dada ao Dízimo? O dinheiro arrecadado com o Dízimo é investido na própria comunidade. Parte dele vai para a manutenção da Igreja, das salas de catequese, do salão e da casa paroquial; outra ainda vai para as despesas com o culto (liturgia), e outra ainda para a formação de agentes pastorais e a assistência e a promoção dos mais pobres.
- O Dízimo não acaba no “bolso” do padre? Não, não acaba no bolso do padre. Como já vimos, o Dízimo é aplicado às necessidades da comunidade. Quanto ao padre, é justo que receba uma gratificação digna (leia 1 Cor 9,4-14).
- Como o Dízimo é usado na liturgia e na catequese? Na liturgia, o Dízimo é usado para a compra de materiais e utensílios litúrgicos (hóstias, cálice, toalhas, velas, folhetos litúrgicos, etc) e, na catequese é utilizado tanto na aquisição de material (giz, Bíblias, livros, etc), como também na formação dos próprios catequistas.
- Como os mais carentes são ajudados através do Dízimo? Os mais carentes são ajudados pelo Dízimo de duas maneiras: pela assistência (doação em dinheiro, compra de medicamentos, etc) e pela promoção (realização de cursos de alimentação alternativa, medicação caseira, educação política etc). Quando um carente é ajudado e promovido, é toda a comunidade dizimista que o ajuda e o promove.
- O Dízimo facilita a formação dos líderes e agentes de pastorais? Sim! O Dízimo, numa comunidade consciente e organizada, faz com que a mesma não invista só em construções, mas também se preocupe com a formação de seus líderes e agentes de pastorais.
- Pode-se oferecer bens em lugar de dinheiro? Sim, pode-se oferecer bens em lugar de dinheiro. É aconselhável, contudo, que o Dízimo seja oferecido em dinheiro, tendo assim a sua aplicação facilitada.
- É verdade que parte do Dízimo de cada comunidade vai para a Diocese? Sim, é verdade. Esta contribuição das paróquias para com a diocese é, quase sempre, investida na formação dos futuros padres (seminaristas).
- E as capelas, quanto devem repassar a Matriz? As capelas devem repassar para a matriz 40% do Dízimo. Os outros 60% ficam na comunidade.
- Quem presta conta do Dízimo à Comunidade? Quem presta conta do Dízimo à Comunidade é a Equipe Paroquial do Dízimo da qual o padre ou o (a) coordenador(a) deve, obrigatoriamente, fazer parte.
- As ofertas continuam mesmo depois da implantação do Dízimo? Sim, continuam. Além do compromisso mensal com o Dízimo, os católicos têm o direito de fazer ofertas espontâneas, sejam na missa ou culto, seja por ocasião da recepção de sacramentos e sacramentais.
- Em que sentido a Bíblia afirma que o dízimo é uma verdadeira fonte de benção? A Bíblia diz que quanto mais uma pessoa é generosa e abre a mão e o coração para partilhar, tanto mais recebe as bênçãos de Deus (leia Malaquias 3,8-12). O coração do egoísta é fechado para dar e, em conseqüência, também fechado para receber. Só quem é generoso, e não tem medo de dividir o que possui, é que está de fato aberto para acolher os benefícios de Deus.
- Quais as finalidades ou dimensões do Dízimo? Três são as finalidades ou dimensões do Dízimo: Religiosa, Social e Missionária. Vejamos: A Finalidade Religiosa tem por fim a manutenção da parte religiosa da Igreja. Quando você vem à Igreja participar da Santa Missa, percebe que tudo o que existe nela é para o seu próprio bem e salvação. Não esqueçamos que a comunidade tem que pagar conta de luz, telefone, material de expediente e secretaria, despesas com viagens pastorais da comunidade/paróquia, etc. Para atender estas necessidades e tantas outras aqui não mencionadas, a Comunidade necessita da colaboração e do Dízimo de todos; A Finalidade Social visa atender a todos que por motivos diversos não podem prover seu sustento: os doentes, os idosos, enfim toda pessoa necessitada que precisa da ajuda da comunidade. Se eu não contribuo com o Dízimo e a minha Comunidade não atender alguma pessoa necessitada, um dia Deus vai me pedir contas: “Tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber...” (Mt 25,42-43); A Finalidade missionária diz respeito à parte do Dízimo que levamos à Igreja e é destinada à Diocese, para manutenção do Seminário para a formação de futuros padres, futuros missionários; investimento na formação dos missionários locais. A Comunidade tem que ser missionária. A Igreja não vive só de oração. Ela vive de oração e ação. Oração e ação são duas pernas que juntas devem andar, ir e anunciar: “Ide por todo o mundo, anunciai o Evangelho” (Mt 28,18-20).
UM POUCO DE HISTÓRIA... No dia 20 de Janeiro de 2005 foi instituída a Paróquia São Raimundo Nonato. Hoje ela possui 54 comunidades. As festas religiosas são: Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (julho), São Raimundo Nonato (agosto) e o Círio de Nossa Senhora Aparecida (outubro). Tivemos os seguinte vigários: Manoel Lopes, Vicente Maria de Oliveira, Enilton Corrêa e Márcio Pinheiro. As pastorais: Dízimo, Criança, Familiar, Catequese, Liturgia, Juventude, AO, RCC e o Grupo Seguidores de Cristo.
terça-feira, 24 de abril de 2012
Dízimo: um compromisso com Deus e com a Comunidade.
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