terça-feira, 24 de abril de 2012

Dízimo: um compromisso com Deus e com a Comunidade.



  1. O que o Dízimo não é? O Dízimo não é pagamento, taxa ou imposto que se dá à Igreja para a ela pertencer ou dela fazer parte.
  2. O que é o Dízimo então? O Dízimo é devolução, contribuição, ato de amor e gesto de partilha. Nós não pagamos o Dízimo; nós devolvemos o Dízimo, já que tudo o que temos pertence a Deus (Cf. Gn 14,8-20).
  3. Quem “inventou” o Dízimo? O Dízimo não foi inventado; ele nasceu espontaneamente, como resposta do homem e da mulher à bondade e à misericórdia de Deus (Cf. Gn 4,1-5).
  4. Podemos afirmar que por meio do Dízimo nós louvamos e agradecemos a Deus? Sim, o Dízimo é um dos modos pelos quais nós, cristãos e cristãs, manifestamos a nossa gratidão a Deus.
  5. O Dízimo é Bíblico? Sim, o Dízimo está prescrito na Bíblia (Cf. Gn 14,18-20; 28,20-22; Nm 18,25-32; Dt 12,6.11.17; Lv 27,30-33; Dt 14,22-29; Ml 3,8-10; Tb 1,6-8; Mt 23,23).
  6. Quem é dizimista já está salvo? Não, o Dízimo não compra a salvação, mas quando dado com amor e sinceridade de coração e em espírito de fé, contribui para que alcancemos a salvação.
  7. Porque, para algumas pessoas, é tão difícil dar o Dízimo? Para algumas pessoas é difícil contribuir com o Dízimo por estarem dominadas pelo egoísmo. Quem é egoísta não conhece a alegria e o prazer da partilhar.
  8. Quanto se deve dar de Dízimo? Deve-se dar de Dízimo o que manda o coração e exigir a consciência (leia 2 Cor 9,12-13). Os israelitas davam dez por cento (daí a palavra “Dízimo” = décima parte de alguma coisa). Também nós somos convidados a chegar, aos poucos e com o tempo, aos dez por cento.
  9. O católico é obrigado, então a contribuir com dez por cento? Não, não é obrigado, e sim convidado. No Brasil, os Bispos pedem que os católicos contribuam com, ao menos, dois por cento do que ganham e, à medida que puderem, contribuam com mais até chegar aos dez por cento.
  10. Como deve proceder quem quer ser dizimista? Quem quer ser dizimista deve procurar os responsáveis pelo dízimo de sua comunidade ou de seu bairro, ou então conversar com o padre, manifestando a eles o desejo de ser inscrito entre os que contribuem com o Dízimo. A pessoa encarregada dará, então, as informações complementares de como, quando e onde entregar o Dízimo.
  11. O Dízimo deve ser mensal, semestral ou anual? O Dízimo, para que funcione de fato numa comunidade, deve ser mensal. Em algumas comunidades, porém, por motivos que lhes são próprios, o Dízimo pode ser dado de seis em seis meses, ou até anualmente. O melhor, contudo, é que seja dado mensalmente.
  12. É importante o quanto se dá de Dízimo? Sim, é importante. O Dízimo deixa de ser Dízimo e se torna esmola quando um católico, que tem condições, dá a Deus e a Igreja menos do que gasta com um refrigerante ou com um lanche. É triste constatar que alguns católicos (ou muitos) quando contribuem, contribuem com migalhas só para tapear a consciência e dizer que são dizimistas. Nesse caso seria melhor que não dessem nada.
  13. E os pobres, quanto devem dar de Dízimo? Ninguém, é obrigado a dar de Dízimo o que não tem ou não pode dar. O Dízimo dos pobres, por menor que seja, deve ser acolhido com muito amor e profunda gratidão (leia Lc 21,1-4).
  14. Cada um deve dar, portanto, segundo as suas possibilidades? Sim, cada um deve dar segundo as suas possibilidades. Quem tem mais dá mais, quem tem menos, dá menos.
  15. Os membros das Pastorais, dos Movimentos, dos Conselhos Pastorais, os Catequistas, os Ministros Extraordinários da Comunhão e os Padres e Religiosas estão dispensados do Dízimo? Não, não estão dispensados. Como cristãos conscientes e membros ativos da Igreja, devem ser os primeiros a contribuir, tanto por convicção, como para dar testemunho aos demais membros da comunidade.
  16. Que destinação é dada ao Dízimo? O dinheiro arrecadado com o Dízimo é investido na própria comunidade. Parte dele vai para a manutenção da Igreja, das salas de catequese, do salão e da casa paroquial; outra ainda vai para as despesas com o culto (liturgia), e outra ainda para a formação  de  agentes   pastorais  e  a assistência e a promoção dos mais pobres.
  17. O Dízimo não acaba no “bolso” do padre? Não, não acaba no bolso do padre. Como já vimos, o Dízimo é aplicado às necessidades da comunidade. Quanto ao padre, é justo que receba uma gratificação digna (leia 1 Cor 9,4-14).
  18. Como o Dízimo é usado na liturgia e na catequese? Na liturgia, o Dízimo é usado para a compra de materiais e utensílios litúrgicos (hóstias, cálice, toalhas, velas, folhetos litúrgicos, etc) e, na catequese é utilizado tanto na aquisição de material (giz, Bíblias, livros, etc), como também na formação dos próprios catequistas.
  19. Como os mais carentes são ajudados através do Dízimo? Os mais carentes são ajudados pelo Dízimo de duas maneiras: pela assistência (doação em dinheiro, compra de medicamentos, etc) e pela promoção (realização de cursos de alimentação alternativa, medicação caseira, educação política etc). Quando um carente é ajudado e promovido, é toda a comunidade dizimista que o ajuda e o promove.
  20. O Dízimo facilita a formação dos líderes e agentes de pastorais? Sim! O Dízimo, numa comunidade consciente e organizada, faz com que a mesma não invista só em construções, mas também se preocupe com a formação de seus líderes e agentes de pastorais.
  21. Pode-se oferecer bens em lugar de dinheiro? Sim, pode-se oferecer bens em lugar de dinheiro. É aconselhável, contudo, que o Dízimo seja oferecido em dinheiro, tendo assim a sua aplicação facilitada.
  22. É verdade que parte do Dízimo de cada comunidade vai para a Diocese? Sim, é verdade. Esta contribuição das paróquias para com a diocese é, quase sempre, investida na formação dos futuros padres (seminaristas).
  23. E as capelas, quanto devem repassar a Matriz? As capelas devem repassar para a matriz 40% do Dízimo. Os outros 60% ficam na comunidade.
  24. Quem presta conta do Dízimo à Comunidade? Quem presta conta do Dízimo à Comunidade é a Equipe Paroquial do Dízimo da qual o padre ou o (a) coordenador(a) deve, obrigatoriamente, fazer parte.
  25. As ofertas continuam mesmo depois da implantação do Dízimo? Sim, continuam. Além do compromisso mensal com o Dízimo, os católicos têm o direito de fazer ofertas espontâneas, sejam na missa ou culto, seja por ocasião da recepção de sacramentos e sacramentais.
  26. Em que sentido a Bíblia afirma que o dízimo é uma verdadeira fonte de benção? A Bíblia diz que quanto mais uma pessoa é generosa e abre a mão e o coração para partilhar, tanto mais recebe as bênçãos de Deus (leia Malaquias   3,8-12). O coração do egoísta é fechado para dar e, em  conseqüência, também fechado para receber. Só quem é generoso, e não tem medo de dividir o que possui, é que está de fato aberto para acolher os benefícios de Deus.
  27. Quais as finalidades ou dimensões do Dízimo? Três são as finalidades ou dimensões do Dízimo: Religiosa, Social e Missionária. Vejamos: A Finalidade Religiosa tem por fim a manutenção da parte religiosa da Igreja. Quando você vem à Igreja participar da Santa Missa, percebe que tudo o que existe nela é para o seu próprio bem e salvação. Não esqueçamos que a comunidade tem que pagar conta de luz, telefone, material de expediente e secretaria, despesas com viagens pastorais da comunidade/paróquia, etc. Para atender estas necessidades e tantas outras aqui não mencionadas, a Comunidade necessita da colaboração e do Dízimo de todos; A Finalidade Social visa atender a todos que por motivos diversos não podem prover seu sustento: os doentes, os idosos, enfim toda pessoa necessitada que precisa da ajuda da comunidade. Se eu não contribuo com o Dízimo e a minha Comunidade não atender alguma pessoa necessitada, um dia Deus vai me pedir contas: “Tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber...” (Mt 25,42-43); A Finalidade missionária diz respeito à parte do Dízimo que levamos à Igreja e é destinada à Diocese, para manutenção do Seminário para a formação de futuros padres, futuros missionários; investimento na formação dos missionários locais. A Comunidade tem que ser missionária. A Igreja não vive só de oração. Ela vive de oração e ação. Oração e ação são duas pernas que juntas devem andar, ir e anunciar: “Ide por todo o mundo, anunciai o Evangelho” (Mt 28,18-20).

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